A Organização Mundial da Saúde (OMS) convocou seu comitĂȘ de emergĂȘncia para reavaliar o cenĂĄrio de mpox no mundo. A reunião estĂĄ prevista para o próximo dia 22. Em agosto, o mesmo comitĂȘ declarou a doença como emergĂȘncia em saúde pública de importância internacional.
Dados da entidade revelam que, de 1Âș de janeiro de 2022 a 30 de setembro deste ano, 109.699 casos de mpox foram confirmados em todo o mundo, além de 236 mortes. Pelo menos 123 países reportaram casos da doença.
O continente africano responde pela maior parte das infecções – 11.148 casos confirmados entre 1Âș de janeiro a 3 de novembro de 2024, além de 46.794 casos suspeitos. A Ăfrica contabiliza também 53 mortes confirmadas por mpox e 1.081 óbitos suspeitos.
A República DemocrĂĄtica do Congo segue liderando o ranking, com 8.662 casos confirmados, 39.501 casos suspeitos, 43 mortes confirmadas e 1.073 óbitos suspeitos pela doença. Em seguida aparecem Burundi, com 1.726 casos confirmados, e Uganda, com 359 casos confirmados.
Segundo a OMS, trĂȘs novos países confirmaram casos importados da variante 1b: Reino Unido, Zâmbia e ZimbĂĄbue. Além disso, pela primeira vez, a transmissão local da nova variante foi detectada fora da Ăfrica – no Reino Unido, trĂȘs pessoas foram infectadas por um viajante.
Em agosto, a OMS decretou que o cenĂĄrio de mpox no continente africano constitui emergĂȘncia em saúde pública de importância internacional em razão do risco de disseminação global e de uma potencial nova pandemia. Este é o mais alto nível de alerta da entidade.
Em coletiva de imprensa em Genebra à época, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, destacou que surtos de mpox vĂȘm sendo reportados na República DemocrĂĄtica do Congo hĂĄ mais de uma década e que as infecções tĂȘm aumentado ao longo dos últimos anos.
Em julho de 2022, a entidade havia decretado status de emergĂȘncia global para a mpox em razão do surto da doença em diversos países.
A mpox é uma doença zoonótica viral. A transmissão para humanos pode ocorrer por meio do contato com animais silvestres infectados, pessoas infectadas pelo vírus e materiais contaminados. Os sintomas, em geral, incluem erupções cutâneas ou lesões de pele, linfonodos inchados (ínguas), febre, dores no corpo, dor de cabeça, calafrio e fraqueza.
As lesões podem ser planas ou levemente elevadas, preenchidas com líquido claro ou amarelado, podendo formar crostas que secam e caem. O número de lesões pode variar de algumas a milhares. As erupções tendem a se concentrar no rosto, na palma das mãos e na planta dos pés, mas podem ocorrer em qualquer parte do corpo, inclusive na boca, nos olhos, nos órgãos genitais e no ânus.
Fonte: Correio do Estado