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Violência

Vídeo: Deputado repudia atendimento a sobrinha agredida por músico e diz: mesma delegada do caso Vanessa

Paulo CorrĂȘa e outros deputados cobram providĂȘncias em atendimento às mulheres em Campo Grande


Rede social/live ALEMS/repórter Top

Um mĂȘs após a morte de Vanessa, deputados repudiam o atendimento em casos de agressão a mulheres em Campo Grande. Os deputados estaduais cobraram, nesta quinta-feira (13), mudanças nos protocolos de atendimento e no combate à violĂȘncia, após mais uma jornalista, Nathalia CorrĂȘa, ser agredida pelo companheiro e ele ser solto.

Na tribuna, o deputado Paulo CorrĂȘa (PSDB) lamentou o ocorrido com sua sobrinha e expôs erros no atendimento ao novo caso.

"Quero agradecer a solidariedade de todos com nossa família, mas o processo estĂĄ eivado de erros. Ela foi agredida pelo rapaz com quem mantinha um relacionamento, tem uma filha com ele e, logo após o atendimento médico, foram registrar o boletim de ocorrĂȘncia. O irmão, que é advogado, foi como informante e, acreditem: ele foi colocado como o indiciado. Pode acontecer isso? Pasmem. A mesma delegada que atendeu o caso anterior da jornalista que morreu. SerĂĄ que é o quĂȘ? Não gosta de fazer o serviço? Meu sobrinho foi ajudar a irmã, foi como informante e saiu como indiciado? Seu nome foi para o sistema de gerenciamento operacional da polícia. Saiu uma ordem de prisão e, bastando ele cair em uma blitz, serĂĄ preso", indignou-se o deputado.

Paulo CorrĂȘa questionou a decisão da Justiça Estadual de liberar o agressor apenas com tornozeleira eletrônica, limitando-o a 200 metros de distância de NathĂĄlia, sendo que a média nesses casos é de mais de 400 metros, comparou.

"Mas o pior não é isso, o pior é que ele foi solto e teve garantido o direito de visita à filha deles, menor de 1 ano. O que o desembargador do caso quer? Que esse músico entre na casa e mate? VocĂȘs tĂȘm que me ajudar, aqui quem fala é um tio desesperado. Ele nunca pagou pensão alimentícia, agora tem essa licença. Me desculpem, mas se ele entrar, ele vai matar. Qual é o próximo passo? A morte, claro. É uma sucessão de fatos que precisam ser avaliados. Estou pedindo socorro. Vou enviar um pedido e quero ajuda de vocĂȘs para assinar, para que o Tribunal de Justiça reveja essas situações de liberarem os agressores. Agora ele é um bom pai?", questionou o deputado.

Músico liberado

Músico de 38 anos, que foi preso suspeito de agredir a namorada jornalista, de 37 anos, enquanto ela estava com a filha do casal no colo, teve o pedido de liberdade provisória concedida pela Justiça. Ele estava preso desde a noite do dia 3 de março, quando a situação de violĂȘncia doméstica foi denunciada.

O desembargador da 3ÂȘ Câmara Criminal do TJMS publicou o alvarĂĄ de soltura. A liberdade foi realizada após o homem conseguir um habeas corpus.

O músico também alegou legítima defesa, dizendo que a vítima teria o atacado e que apenas se defendeu, causando "suposto" ferimento na namorada, sem intenção. Com isso, a defesa alegou que a prisão cautelar é desproporcional e pediu a concessão de liberdade provisória, em razão da presunção de inocĂȘncia e ausĂȘncia de motivos para manter a custódia.

O argumento foi analisado e aceito pelo juiz, que concedeu parcialmente a liberdade provisória.



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