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O dia 10 de maio chama a atenção para uma das principais doenças autoimunes já conhecidas: o lúpus. De acordo com a Fundação Lúpus da América (Lupus Foundation of America), cerca de cinco milhões de pessoas no mundo convivem com algum tipo da condição.
O lúpus acontece quando o sistema imunológico passa a atacar os próprios tecidos e órgãos. Segundo o reumatologista Luiz Barbosa, do Hospital Universitário Júlio Müller (HUJM-UFMT), há diferentes tipos da doença, com apresentações variadas.
Algumas formas afetam predominantemente a pele, outras atingem articulações, rins, sangue, cérebro e outros órgãos. Essa diversidade torna o lúpus uma condição complexa para diagnóstico e tratamento.
Os dois principais tipos são o cutâneo e o sistêmico. O cutâneo é caracterizado por manchas avermelhadas, despigmentação da pele e queda de cabelo.
Já o sistêmico pode causar dores nas articulações, lesões cutâneas, hipertensão, problemas renais, tosse, dor torácica, convulsões e fadiga intensa — sintoma comum entre os pacientes.
O lúpus eritematoso sistêmico tem causas multifatoriais, envolvendo predisposição genética e fatores ambientais como tabagismo, exposição ao sol e infecções virais. A doença pode afetar pessoas de todas as idades, com maior incidência em mulheres jovens entre 18 e 40 anos, sendo mais grave em pessoas pretas e asiáticas.
Segundo Márcio Reis, chefe do Serviço de Reumatologia do Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian (Humap-UFMS), o diagnóstico precoce é fundamental para evitar danos permanentes aos órgãos.
O tratamento envolve medicamentos conforme os órgãos atingidos, além de orientações para mudanças no estilo de vida, como alimentação saudável, prática de exercícios e abandono do cigarro.
Fonte: Top Mídia News