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Corumbá: Moradores fazem o que podem para amenizar consequências dos incêndios florestais

Por Jardim MS News em 20/06/2024 às 11:14:31
Na casa de Letícia Arruda, todos os dias, há fuligem das queimadas

Na casa de Letícia Arruda, todos os dias, há fuligem das queimadas

Incêndios florestais continuam devastando regiões do Pantanal e localidades próximas às áreas urbanas de Corumbá e Ladário.

A fumaça concentrada nesta quinta-feira (20)nas duas cidades é do incêndio de grande proporção que atingiu vegetação do outro lado das margens do rio Paraguai, próximo à região conhecida como Areeiro, que fica em frente a um hotel entre Corumbá e Ladário.

Na noite de quarta (19), muitas pessoas pararam na entrada do hotel para registrar, com fotos e vídeos, o fogo consumindo a vegetação, pois de lá dava para ver as chamas se alastrando.

Entristecida, Suellen Pereira Vargas comentou: "É horrível ver o Pantanal pegando fogo. Não há como não ficar com o coração partido. Penso no meio ambiente como um todo, na fauna, nos animais que perdem a vida. Parece que, a cada dia, o fogo ganha maior proporção. Todos os anos é a mesma situação, sei que há pessoas combatendo as chamas, mas será que é suficiente? Uma solução já", pediu Suellen, que mora no Rio de Janeiro e está visitando a região.

Fumaça e fuligem

Dentre os problemas que ocorrem durante o tempo seco e também por causa da densa fumaça estão complicações alérgicas, sangramento pelas narinas, ressecamento da pele, irritação dos olhos, sensação de garganta seca, cansaço precoce e excessivo para uma intensidade de exercício normalmente bem tolerada em condições climáticas favoráveis.

Enfrentando essa situação, Letícia Arruda contou ao Diário Corumbaense que cuida do afilhado de 10 anos. Ele tem bronquite asmática e, por conta do tempo seco e dos incêndios florestais, a rotina teve que mudar na casa.

Para tentar ajudar o afilhado, devido às crises, ela diz que a casa toda fica fechada e com umidificador ligado 24h. "A gente deixa ligado para amenizar essa situação que a fumaça causa. Além disso, colocamos toalhas molhadas pelos quartos e baldes com água. Ele tem tosse seca por causa da fumaça e faz uso da bombinha para ajudar. Está uma situação difícil de suportar", relata.

Letícia frisa que todos os dias tem sido a mesma rotina: "Levantar e varrer as fuligens que ficam espalhadas por toda a casa. É muito complicado o que estamos vivendo, e olha que nem estamos nos meses considerados críticos", completou.

Focos

Na quarta-feira, 19 de junho, o Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul atuou em cinco frentes de combate aos incêndios florestais no Pantanal, com guarnições empenhadas na região do Paraguai Mirim, também na Curva do Leque, próximo ao Porto da Manga e Abobral.

Durante o dia, foram deslocadas para frente de trabalho e combate na região da Baía Negra, em Corumbá. Outro foco foi identificado próximo à aldeia Kadiwéu, na região do Barranco Branco, e um foco em Ladário, às margens do rio Paraguai, onde as guarnições das bases avançadas Corumbá e Lourdes estão empenhadas em debelar as chamas.







Fonte: Diário Corumbaense

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